terça-feira, 23 de junho de 2009

Edição de imagens: Um recurso tecnológico vale mais que um olhar?


por Ana Carolina Dinardo

Álvaro Renoldi (foto), editor de imagem e diretor de vídeos, formado há 26 anos em Comunicação pela Faculdade Hélio Alonso (FACHA). Enfatizou na palestra, sobre edição e produção de vídeo realizada dia 23 de junho de 2009 no Núcleo Hanns Donner da Unisuam, que as técnicas utilizadas na produção de vídeos foram sendo gradativamente adaptadas às novas tecnologias na ordem cronológica no Brasil, pois em outros países já se tinha softwares, como Avaid permitido só no sistema Macintosh que garantiam uma mobilidade maior, mas o custo era alto. Segundo Álvaro, somente em 2003 esse sistema de edição de vídeo foi implantado para outros sistemas operacionais de computadores. Surgiu também a MTV, com uma técnica inovadora de vídeo, trouxe mais movimentos às imagens. “Com um jeito simples e barato a MTV veio com um jeito diferente de filmagem, dando mais dinamismo as imagens” comenta o editor.


Gravar um vídeo pode parecer muito simples e prático, nos tempos em que a tecnologia ultrapassa quase todos os limites, mas antigamente não era tão fácil assim. Dentro da história das antigas fitas VHS (Sistema de Vídeo Caseiro, na sigla em inglês) lançadas em 1976 pela JVC, um equipamento de gravação e reprodução que permitia o registro de programas de TV e sua execução posterior, apresenta-se com poucos recursos de edição. A facilidade de operação e uma qualidade regular fizeram com que o sistema se ampliasse, e com o tempo foram introduzidos gravadores portáteis, a base de baterias, que em compartilhamento com a câmera permitiam gravações caseiras em vídeo. No Brasil, o sistema foi introduzido nos anos 80 e espalhou-se rapidamente conquistando o mercado contra o Betamax, o primeiro formato de vídeo-cassete. Com o desenvolvimento tecnológico, outros formatos de gravação de vídeo chegaram ao mercado, por exemplo, os Dvds que se alastraram em conjunto com os aparelhos de reprodução da própria mídia o uso do VHS despencou e praticamente saiu de circulação.


As novas invenções do século XXI, como celulares com câmeras, máquinas digitais com recursos de áudio e vídeo são ferramentas inovadoras e que atribuem ao trabalho, não só jornalístico, mas no cinema, programas de TV e comerciais um espetáculo maior a ser apreciado. “Não adianta ter uma boa ferramenta em mãos, com vários recursos e inovações tecnológicas se não tem se tem olhar e técnica humana por trás do trabalho. Sem o humano não há nada, por mais que se tenha uma ótima ferramenta” ressalta Renoldi sobre as novas tecnologias.